Pinto, Novo, Machado, Pacheco, Rocha, Rêgo e Piña foram os grandes vencedores da Taça de Portugal de Ralicross
Foi com o sol a dar um ar da sua graça e temperaturas um pouco mais altas que este domingo teve lugar o derradeiro dia de competição da Taça de Portugal de Ralicross, prova levada a cabo nas fantásticas instalações da Escuderia Castelo Branco, que assim organizou a segunda visita da modalidade a terras albicastrenses este ano.
Um embate repleto de acção e no qual à partida apenas dois pilotos podiam fazer a dobradinha: Rafael Rêgo (Iniciados) e Adão Pinto (2 Rodas Motrizes), não fossem eles os únicos Campeões de 2021 presentes nesta prova que acabou também por ter a promoção a cargo da GO.NOW Motorsport. Aliás, o jovem Rêgo apresentou-se mesmo como o único com a possibilidade de fazer uma tripla e levar para casa três troféus, isto porque entrou também na luta pela Taça da categoria Júnior de Kartcross.
Desidério que só Adão Pinto, aos comandos do Opel Astra das 2 Rodas Motrizes, logrou conseguir. Mas a tarefa não foi fácil, já que Celmo Guicho, com o Renault Clio, se apresentou muito forte e lutou pela glória praticamente até ao cair do pano. O resultado só não foi outro porque Guicho, fruto da elevada pressão aplicada a Pinto e de alguns toques ligeiros na traseira do Astra, acabou por perder o para-choques do carro francês e, com isso, acabou por reduzir um pouco o andamento para terminar na segunda posição. Já o terceiro lugar ficou a cargo de Luís Moreira, o único piloto aos comandos de um carro de tracção traseira, no caso um BMW 316.
Antes isso, Rafael Rêgo entrou ao ataque, mas acabou por ver-se batido pelo rival Gonçalo Novo poucos metros após a partida. O Campeão em título ainda deu tudo para garantir a dobradinha, mas uma travagem menos bem conseguida no início da terceira volta acabou por selar o resultado final, com Novo a “vingar” o segundo posto no Campeonato com a vitória na Taça, à frente de Rêgo, e com Guilherme Nunes no mais baixo do pódio dos Iniciados.
Ainda assim, Rêgo acabou por conseguir juntar uma Taça do título de Campeão, neste caso com a vitória na Júnior Kartcross. O piloto levou a cabo uma corrida muito calculada e, ao ver-se inicialmente batido por Guilherme Matos e Miguel Gaioso, optou por ir à Joker mais cedo. Uma estratégia que deu frutos, pois ficou com pista livre para rodar com ritmo mais forte e impor-se a Gaioso e Mateus após as idas à Joker destes dois pilotos. Um particular em que Gaioso também foi feliz ao bater in extremis Matos quando este regressou à pista “normal” após a passagem pela Joker.
Muito animada, como não podia deixar de ser, foi a corrida da Super 1600. Com oito pilotos à partida para a final, dois, Nuno Araújo e Sérgio dias, ficaram logo pelo caminho na primeira curva, enquanto Pedro Ribeiro foi o terceiro a ser tocado pelo azar.
Com menos rivais em pista, mas com a mesma competitividade, Jorge Machado foi quem se apresentou mais forte e logrou a conquista da Taça depois de uma corrida isenta de erros, batendo Joaquim Machado, que por pouco não triunfou, e com José Queirós a fechar o pódio.
Também muito disputada foi a Final do Kartcross, com 12 pilotos a darem tudo pela glória, mas com Ivan Piña a apresentar-se como o mais forte e a liderar de início a fim. Atrás dele na corrida, Alexandre Borges foi um tranquilo segundo, o mesmo se podendo dizer de Sérgio Castro, que fechou o pódio. Contudo, Piña retirou o seu Semog do Parque Fechado antes do tempo, o que ditou a desclassificação e a entrega da Taça a Borges e a subida de Rui Nunes ao terceiro posto.
Já na Nacional 1.6, com apenas dois pilotos a alinharem na final, a glória ficou nas mãos de Rafael Rocha, que viu a tarefa ainda mais facilitada pelos problemas de transmissão sentidos por Pedro Rocha.
Também com apenas dois pilotos em pista, a vitória na Super Car acabou por sorrir de forma fácil a Daniel Pacheco. O piloto do Mitsubishi terminou a corrida sozinho, isto porque Tiago Alexandre parou e desistiu com o que pareceu ser um início de incêndio no Peugeot 208.