Gustavo Jr. feliz com a sua estreia no TCR em Barcelona
Quando subiu ao pódio, ao fim da tarde do passado domingo, no circuito de Barcelona, na terceira e última corrida da época do TCR Ibérico Sprint Trophy, como segundo classificado e recebeu os parabéns do vencedor, o campeão do TCR Europe e piloto oficial da CUPRA, Mikel Azcona, Gustavo Jr. estava a viver um sonho tornado realidade. Decorridos alguns dias, o jovem piloto de Paços de Ferreira faz o balanço do fim de semana na pista catalã e revela que em 2022 o objetivo será alinhar “num campeonato TCR competitivo, para evoluir de forma constante”.
Gustavo Jr., de apenas 17 anos, protagonizou uma estreia prometedora com o Hyundai Elantra N TCR e esteve uns furos acima daquilo que seria expectável, inclusive do que ele próprio antevia...
“Fiz uma boa qualificação, averbando o terceiro melhor tempo e, na primeira corrida, só pensava em fazer quilómetros para preparar a próxima época, pois nunca tinha guiado o Hyundai. Queria arrancar bem e seguir os pilotos experientes que estavam a meu lado, de modo a acumular a máxima aprendizagem”, começou por confessar o filho mais velho de Gustavo Moura, piloto que esta temporada se sagrou campeão ibérico TCR na SuperCars Endurance ao volante do Hyundai Elantra e decidiu colocar um ponto final na sua carreira.
“O balanço é muito positivo, pois fiquei surpreendido com o terceiro lugar na qualificação, até porque os dois primeiros [Mikel Azcona e Mike Halder] eram quase inalcançáveis. Seria fundamental uma boa adaptação ao carro e nesse aspeto acho que consegui, mas senti dificuldades nos arranques. Esse é um dos capítulos em que terei de trabalhar. Na corrida 3 já parti um pouco melhor e conquistei o segundo lugar final e primeiro dos rookies, o que foi ótimo. Nunca imaginara tal resultado…”.
E quando questionado em que área sentiu maior dificuldade nesta jornada de aprendizagem rápida em Barcelona, não hesitou:
“O ritmo de corrida. Andar no ritmo dos da frente, como o Azcona e o Halder, pilotos com uma vasta experiência, foi a parte mais complicada. É mesmo muito difícil acompanhá-los e eu, como estreante, não tinha noção do seu andamento. Esse foi outros dos capítulos da minha aprendizagem”.
Gustavo Jr. não vai esquecer tão cedo a subida ao pódio no circuito de Barcelona, depois de ter conquistado o segundo lugar na corrida (3ª) de encerramento do TCR Ibérico Sprint Trophy.
“Para mim foi um momento único, com o Azcona a parabenizar, antes da cerimónia do champanhe, o meu desempenho na corrida. E claro que gostei das palavras do meu pai no final. Ele estava visivelmente emocionado, feliz e orgulhoso com o resultado que eu acabara de conquistar”.
O jovem piloto de Paços de Ferreira até à chegada ao circuito de Barcelona apenas tinha guiado o Hyundai Elantra entre as boxes e o paddock em algumas das corridas disputadas pelo seu pai na SuperCars Endurance. Agora, e depois da época de aprendizagem na KIA Cup, com um Picanto, provou que também sabe “domar” a potência, e não só, de um TCR…
“Fiquei com a ideia de que é muito mais fácil conduzir um TCR que um KIA Picanto. Talvez possa ser difícil de acreditar, mas foi essa a sensação que tive desde o primeiro momento, porque o Hyundai Elantra, sim, é um carro de corrida, que trava mesmo e tem muito mais aderência, não há comparação possível. Isto, claro, sem qualquer desprimor para o KIA Picanto, cujo troféu é uma excelente escola, a nível de aprendizagem, para quem pretende iniciar uma carreira no desporto automóvel de velocidade”.
Em relação ao futuro, Gustavo Jr. não tem, de momento, ainda nada definido para 2022, sendo certo que continuará ao volante do Hyundai Elantra N TCR, mas tem ideias claras quanto ao que pretende para a sua promissora carreira:
“Está por definir em que campeonato TCR irei correr e tudo vai depender, também, das melhores condições que nos forem propostas. A escolha terá que recair num campeonato que seja verdadeiramente competitivo, pois só nessas condições poderei ter, como ambiciono, uma evolução constante, para progredir como piloto”.