Daniel Teixeira sagrou-se vice-campeão na Supercars Endurance Series
Na ultima prova da temporada, em Jerez de La Frontera, o piloto da JT59 Racing Team/Bompiso lutou arduamente para chegar ao título TCR na SuperCar Endurance Series, mas, na pista andaluza, mas alguns incidentes limitaram a sua ambição. Mesmo assim, fechou a época com mais duas grandes exibições e o 2º lugar no campeonato.
Daniel Teixeira sabia que em Jerez de La Frontera, na derradeira dupla jornada da época 2021 da Supercars Endurance, precisava que todas as estrelas estivessem alinhadas e tudo lhe corresse bem para levar o título para casa.
“Sabia que iríamos ter algumas dificuldades, pelo facto de não conhecermos a pista. De qualquer forma, na sexta-feira conseguimos fazer o melhor tempo do dia no SuperCars Endurance. O que nos deixava boas indicações para a qualificação e depois para as corridas, dando indicações de que poderíamos lutar pelas vitórias e, quem sabe, pelo título”, refere o piloto transmontano sobre os treinos iniciais do primeiro dia de competição.
Mas os problemas começaram depois, na qualificação. Daniel Teixeira conta que “na primeira qualificação acabei “por ter duas voltas ‘estragadas’ por um concorrente mais lento. Mesmo assim fiz o terceiro tempo à ‘geral’ e também entre os TCR. Portanto estaríamos na segunda linha da grelha de partida para a corrida, o que, não sendo o ideal, nos mantinha claramente com todas as possibilidades de vencer”
Já na qualificação 2, o piloto transmontano acabou “por cometer um ligeiro erro, sendo, mesmo assim, o segundo TCR e o terceiro ‘à geral”. Na realidade acabou por largar de segundo para a corrida 2, uma vez que o Ginetta que tinha feito o segundo tempo acabou por ser relegado para o final da grelha. Uma vez mais, Daniel Teixeira ficava com a certeza de que “tínhamos andamento para estar na batalha pelo triunfo”.
Quanto à história da corrida 1, a mesma teve duas partes antagónicas. Mercê de “um bom arranque, logrei ultrapassar o Hyundai, nosso principal adversário e subir para 2º dos TCR. Mas depois perdi a posição e acabou por ser uma corrida muito difícil. Percebi que a perda de rendimento do Cupra tinha a ver com a quebra da barra estabilizadora traseira e, a partir desse momento. O que também não me permitiu ter um andamento melhor”, gerindo até final, terminando a corrida no 4º posto da geral e 3º dos TCR.
Mercê de um trabalho intenso e eficaz, a equipa técnica do JT59 Racing Team/Bompiso conseguiu resolver o problema a tempo da Corrida 2. Mas, mais uma vez, a sorte não acompanharia Daniel Teixeira.
Logo na primeira curva, o piloto sofreu “um toque do outro Cupra, que me fez ir à gravilha e ‘cair’ para os últimos lugares em termos de ‘geral’. Consegui recuperar, ascendendo ao segundo lugar absoluto, só atrás do Ginetta mas à frente nos TCR. Isto até à paragem na box”, recorda.
Só que, a partir dessa paragem, a vantagem que tinha construído mercê de um andamento fabuloso começou a se desvanecer. E a razão foi técnica: “na paragem na box, os meus adversários montaram pneus novos, enquanto eu continuei a utilizar pneus usados. E isso fez toda a diferença na segunda parte da corrida”, salienta, acrescentando: “cai para terceiro e, obviamente, e depois já não tive argumentos para recuperar essas duas posições. Por isso o cômputo do fim-de-semana são dois terceiros lugares em termos de TCR e dois quartos ‘à geral’. Foi o resultado possível”.
Como balanço da época, o piloto transmontano diz que “este segundo lugar no campeonato não me deixa satisfeito, na medida em quando participo é sempre para ganhar e logicamente que o objetivo era ser campeão. Infelizmente não conseguimos. Desde já endereço os parabéns ao Gustavo Moura, que ganhou com mérito. Foi uma luta cerrada ao longo de toda a época, e como tal quem de nós vencesse o campeonato seria um justo vencedor. Foi ele a vencê-lo, por isso conquistou-o com toda a justiça”, concede também Daniel Teixeira.
O piloto aproveita também para elogiar a sua equipa, destacando: “Convém não esquecer que foi o ano de estreia da JT59. Fizeram um trabalho notável, num campeonato tão competitivo, com tão bons pilotos. E conseguimos estar sempre entre os mais rápidos, não entre os TCR, mas também à ‘geral’. Estivemos sempre entre os três ou quatro mais rápidos em todas as corridas. E tendo em conta que havia duas pistas, Jarama e Jerez, que não conhecíamos, foi de facto notável”.
Da mesma forma Daniel Teixeira não esquece que foi o seu primeiro ano “a tempo inteiro”, salientando também a importância de todos os seus patrocinadores, “porque eles são indispensáveis para nós continuarmos a competir. Por isso desde já o meu muito obrigado a todos eles”.