Com sete títulos absolutos alcançados no todo-o-terreno, dois na velocidade e dois terceiros lugares no Campeonato de Portugal de Ralis, Miguel Barbosa arranca no próximo fim-de-semana em Fafe para a sua quarta temporada de um projeto desportivo cuja aposta é disputar o título de campeão absoluto de Ralis.

“O objetivo principal é lutar pelo título de campeão nacional. Estamos conscientes da dificuldade que será enfrentar este campeonato que conta com pilotos muito fortes, vários campeões nacionais de ralis, pilotos com mais de 15 anos de experiência. Houve um aumento quantitativo e qualitativo não só de pilotos, mas também de R5.  Prevê-se uma temporada bastante competitiva, o que será também bastante desafiante para os pilotos e vai engrandecer o espetáculo. Para o público é bom, para os media também será e para os patrocinadores será excelente”, revela Miguel Barbosa que vai disputar o Campeonato Nacional de Ralis aos comandos de um Skoda Fabia R5, preparado e assistido pela Sports & You e tendo a seu lado nas provas de terra Paulo Babo. Posteriormente, nas provas de asfalto, o navegador será Jorge Carvalho.

“Inicialmente tínhamos definido um projeto a três anos, sendo que no terceiro ano a ideia seria poder discutir o título. Isso aconteceu o ano passado. Foi uma época de altos e baixos, mas também foi em 2018 que o nosso desempenho, a nossa performance esteve ao nível desejado. Cometemos alguns erros em algumas provas, outras não correram exatamente como gostaríamos, o que também condicionou o resultado final. De qualquer modo, fiquei muito satisfeito com a nossa performance. Este ano há que tentar fazer uma época imaculada, perfeita. Sabemos que o nível de exigência estará mais alto e que também teremos que elevar mais o nosso. Temos de trabalhar bastante”, salienta Miguel Barbosa.

Num campeonato com provas distribuídas por asfalto e terra Miguel Barbosa não esconde que “o Campeonato não está dividido equitativamente entre provas disputadas em piso de asfalto e de terra. Por outro lado, podemos ‘deitar fora provas’, podemos escolher provas entre nove e há mais jornadas disputadas em asfalto do que em terra. A meu ver deveria ser obrigatória a divisão igualitária das provas entre os dois pisos (50% para cada), como já foi no passado. Sinto-me mais à vontade em piso de terra, dá-me muito mais gozo, como também acho que para o público é muito mais rica a imagem, o espetáculo de uma prova disputada neste tipo de solo. Não é por acaso que o Campeonato do Mundo de Ralis tem mais competições disputadas em terra do que em asfalto. É uma questão que penso que é preciso rever no futuro”, acrescenta Miguel Barbosa. 

No ano passado Miguel Barbosa discutiu a vitória no Rali de Fafe até à derradeira especial tendo terminado a escassos 1,7s do vencedor. “Cada época é uma época, cada prova é uma prova. Acho que devemos fazer o nosso trabalho. Vai ser uma prova bastante dura, estão inscritos mais de trinta R5. É preciso que não se cometam erros e imprimir um ritmo bastante forte desde início. Há muitos pilotos a disputar a vitória e com condições ara tal. Vamos tentar dar o nosso melhor, mas estamos cientes das dificuldades que vamos enfrentar” destaca o piloto do BP Ultimate Vodafone Skoda Team.