Penalização condiciona excelente prestação de Miguel Cristóvão
Miguel Cristóvão assinou uma performance notável no Autódromo Internacional do Algarve, onde este fim-de-semana se disputou a ronda final da Le Mans Cup, mas as contrariedades impediram-no de conquistar um bom resultado.
Miguel Cristóvão assinou uma performance notável no Autódromo Internacional do Algarve, onde este fim-de-semana se disputou a ronda final da Le Mans Cup, mas as contrariedades impediram-no de conquistar um bom resultado.
Com uma excelente performance na qualificação de ontem, o piloto de Lisboa tinha lugar marcado na terceira posição da grelha de partida, depois de uma penalização do autor da pole-position, mas o dia começou logo de uma forma dramática.
Um problema de caixa de velocidades obrigou a Team Virage efectuar uma reparação de última hora, ficando o Ligier JS P320 pronto a dez minutos do início da corrida, o que permitiu que Miguel Cristóvão ocupasse o seu lugar na grelha de partida.
Num pelotão com quase trinta LMP3 e tão aguerrido, os primeiros momentos de prova foram intensos e no Gancho da Torre, quando realizava a trajectória normal, um dos seus adversários, de adoptara uma linha mais alargada, subitamente apontou o carro para o interior, embatendo no protótipo do Miguel Cristóvão, que nada pôde fazer para evitar o contacto.
Apesar de em nada ter contribuído para o impacto, o português acabaria por ser penalizado com um “stop & go” injustificado de trinta segundos, quando rodava confortavelmente em terceiro e preparava-se para pressionar o segundo classificado.
A partir de então o resultado estava completamente comprometido, muito embora tenha sido o concorrente mais rápido nos primeiros quarenta minutos, tendo Miguel Cristóvão caído para o vigésimo quarto a 1m12s do líder. O português e o seu colega de equipa, Sacha Lehmann, realizaram uma recuperação fulgurante, mas era-lhes impossível ir além do décimo segundo posto, apesar de terem sofrido um novo toque que lançou o Ligier número dezasseis para um pião.
Após a prova de duas horas, o piloto de Lisboa estava verdadeiramente desapontado. “Estou seguro de que hoje poderíamos ter conquistado um lugar no pódio, dado que o nosso andamento estava ao nível dos melhores. Não percebo a penalização. O piloto em questão adoptou uma trajectória muito larga e quando eu já estava no apex da curva, virou como se eu não estivesse lá. O toque foi inevitável e acabou por estragar completamente a nossa corrida. Mas parecia que hoje não era o nosso dia, dado que ainda antes da prova tivemos um problema técnico que colocou em risco a nossa participação”, afirmou Miguel Cristóvão.
No entanto, o português retira aspectos positivos da sua participação na derradeira ronda da Le Mans Cup, o campeonato de LMP3 mais competitivo do planeta. “O resultado não foi o esperado nem o que estava ao nosso alcance e quando sentimos um pódio a fugir-nos sem termos contribuído para isso, a frustração invade-nos. Porém, demonstrámos que somos competitivos e que, em circunstâncias normais, estaríamos na luta pelos três primeiros lugares. Foi uma boa forma de avaliarmos uma participação futura. Mas agora o foco está na derradeira prova da Ultimate Cup Series que poderá garantir-nos mais um título e, para mais, disputa-se em Portugal”, enfatizou Miguel Cristóvão.
O português volta à competição nos próximos dias 12, 13 e 14 de Novembro, para a final da Ultimate Cup Series, que tem como pano de fundo o Autódromo do Estoril.